Eu estava refletindo aqui nessa madruga de sábado para domingo...
São 25 anos de música/ guitarra.
Desde os meus 14 anos, quando vendi o cabelo para comprar o primeiro violão...
34 álbuns (2 ainda a serem lançados em 2025) em janeiro e março.
40 anos de idade.
Muita coisa aconteceu..
Comecei autodidata, tive aulas particulares de guitarra e violão.
Depois fui estudar no CIGAM( escola de Ian Guest).
Entrei no CBM( Conservatório Brasileiro de Música)
Estudei formas de composição para música de concerto..
E continuo compondo/tocando e produzindo música.
Participei de trilhar para cinema/games, o que me mostrou outras sonoridades.
Agora…
Me recuperando de uma tendinite entre o dedo indicador e anelar da mão esquerda.
Resolvi fazer esse post de comemoração aos 25 anos de jornada musical, elegendo meus álbuns favoritos.
Comecei a jornada cabeludo, como um cara do rock ´n roll e fui conhecendo outras estéticas musicais ao longo dos anos.
Sempre vai ter algo "rock n roll" em algo que eu faço, por mais que ele não seja um elemento determinante, na sonoridade em si.
Eu separei álbuns no qual foram arranjados e produzidos pelo Nelson Faria, os 5 álbuns que mais gostei e ter gravado; e 5 álbuns no qual eu arranjei e fui produtor, que mais gostei de ter gravado, até então.
Vou fazer por ordem cronológica, que fica mais fácil de entender os caminhos e mudanças de sonoridade.
Fase com Nelson Faria (2008 a 2015)
1- Nix (2012) - Talvez o meu preferido dessa época, pois além de uma sonoridade orquestral, somada ao Jazz Rock, ele tem um clima denso, em uma mistura de composições autorais e releituras.como: Ponteio, Love me Tender, Insensatez, Peter Gunn, Blue in Green.
2- Positivo (2010) - È um álbum leve e bem divertido, aqui um jazz-rock bem explícito e com timbre de Vox AC30; aqui tem uma variedade de estéticas em prol a diversidade (rock, blues, mpb, jazz, música latina e erudita); releituras de Stella by Starlight e Gymnopedie no. 1 de Erik Satie.
3- Rise- (2015)- Aqui já tinha umas experimentações e arranjados mais ousados, com clusters e oboé também como solista, na época o próprio Nelson Faria, teve dificuldade de escrever os arranjos por conta da dificuldade das músicas e de como traduzir as fórmulas de compasso dentro do contexto rítmico/melódico para a pauta.
4- Crunching (2009)- Meu segundo álbum de estúdio, ainda com cabelão e uma pegada "rock n roll" com as inserções "jazzísticas" do Nelson no arranjo, foi um dos álbuns que realmente fui amadurecendo no instrumento.
5- Blue Lounge (2013)- Um DVD ao vivo e difícil de gravar naquela época, pois não tinham muitas horas para concluir. Aqui, a sonoridade se mistura a um nipe de sopros e uma guitarra entre o jazz e o blues.
Fase pós (2015 aos dias atuais).
1- Impermanente (2022)- Gosto muito desse disco, todo mundo na mesma sala, uma nova forma de enxergar o instrumento e um repertório muito satisfatório, uma mistura de autorais com releituras de
Cantaloup Island, Cause We´ve Ended as Lovers e Stella by Starlight.
2- Meraki (2022) Adicionando camadas de Sax Tenor e baixo Fretless, esse disco marcou uma transição para um sonoridade ainda mais conectada ao jazz.
3- Vital (2023)- Um dos meus álbuns favoritos, todas as músicas aqui são muito vigorosas e com todo mundo gravando ao vivo, "Jazz Rock "sem rodeios.
4- Ojik(2021)- Gravado ao vivo na biscoito fino, O som de piano misturado ao clima jazz rock, faz desse álbum, algo "fora da curva" além de ser quase tudo gravado de primeiro take.
5- Vibes (2025)- Feito remotamente, apesar de muitas pessoas ouvirem e acharem que foi "ao vivo", gosto da honestidade de cada instrumento e dos caminhos que os arranjos fazem, me faz lembrar um pouco do álbum "Crunching" e "Positivo" só que com maior maturidade nas escolhas.
"Guitarristas mais influentes na minha jornada musical"
1- Jeff Beck(sonoridade/expressividade/alavanca/slide)
2- Santana (bend´s e síncopes)
3- Joe Satriani (Ligaduras e Tapping)
4- Frank Zappa (Pentatônicas e compassos mistos/alternados)
5- John McLaughlin/ Allan Holdsworth/ Wes Montgomery (Improvisação/Harmonia/ som limpo)